Post sobre Corrimento Vaginal

Corrimento vaginal: conheça as suas causas e como tratar

O corrimento vaginal é algo comum na rotina das mulheres, não sendo motivo de grandes preocupações na maioria das vezes.

Porém, o seu excesso ou alterações na cor, cheiro e volume podem indicar algum problema na saúde da mulher.

Por conta disso, é preciso estar atenta aos sinais que o corpo dá para descobrir rapidamente quando há algo de errado.

Pensando nisso, preparamos um guia completo sobre o que é corrimento vaginal, quais as suas principais causas e como tratá-lo.

Continue rolando a página e confira todas as informações!

O que é um corrimento vaginal?

O corrimento vaginal nada mais é do que o fluxo de líquido que sai da vagina, com exceção da menstruação. Isso acontece porque a região da vagina é coberta pelo epitélio, uma mucosa que secreta e produz o corrimento que, geralmente, é transparente ou um pouco amarelado e sem nenhum tipo de odor.

Essa secreção é utilizada para proteger a área e ainda oferecer uma boa lubrificação. Quando esse muco sofre alguma alteração na cor, começa a ter algum tipo de cheiro ou até mesmo gerar ardência e coceira na região íntima — é hora de procurar um médico para realizar uma avaliação.

Alterações desse tipo podem indicar problemas como infecção, alteração hormonal, irritação ou uma complicação durante a gestação.

Então, sempre que notar uma mudança de cheiro ou cor no seu corrimento, procure o seu ginecologista para entender o que pode estar acontecendo.

Quais são os diferentes tipos de corrimento vaginal?

Como vimos anteriormente, essa secreção comum na vagina pode sofrer com algumas mudanças em seu aspecto. Para conhecer melhor quais são os tipos de corrimento que você pode ter e como são as características principais de cada um, preparamos essa lista.

Confira abaixo!

1. Corrimento branco

Esse tipo de corrimento tem uma cor clara e provoca uma sensação de queimação na região da vulva e vagina, além de coceira, vermelhidão e um mau cheiro forte — nos casos de infecções causadas por fungos.

Inclusive essa é uma das suas causas mais comuns, a infecção fúngica. Geralmente, ela vem do fungo conhecido como Candida albicans, o causador da candidíase vaginal. [1]

Porém, essa cor de corrimento pode vir também de uma grande proliferação de bactérias, deixando ele com um cheiro bem forte e desagradável.

Ele também pode aparecer no período menstrual da mulher, por conta de alterações hormonais. Isso significa que ele não é exclusivamente causado por infecções, o que necessita de muita atenção na hora de avaliar a situação.

Se a sua causa for infecciosa, o médico precisa identificar o agente infeccioso a fim de conseguir indicar o remédio ideal para o tratamento.

2. Corrimento amarelo

Esse tipo de corrimento amarelado possui um cheiro bem forte, podendo aparecer junto de dores e queimação ao urinar ou durante uma relação sexual.

Geralmente, ele aparece por conta de infecções sexualmente transmissíveis, como a tricomoníase (protozoário), clamídia (bactéria) e gonorreia (bactéria). [2]

Nesses casos, além dos sintomas já citados, podem ocorrer alguns outros como dores e sangramentos durante as relações íntimas, dores pélvicas e sangramento fora do período menstrual.

Para tratar esse cenário, é preciso conhecer o agente infeccioso que está causando tudo isso para, então, o médico indicar o melhor antibiótico para o caso.

Como muitas vezes esse quadro é causado por infecções sexualmente transmissíveis, é essencial que o seu parceiro também realize os exames de detecção e o tratamento, mesmo que ele não tenha sintomas.

3. Corrimento cinza

O corrimento cinza costuma ser um indicativo de vaginose bacteriana, um quadro causado pelo desequilíbrio entre lactobacilos e outras bactérias na região vaginal, levando ao aparecimento desse tipo de secreção.

Ele é caracterizado por um odor desagradável e outros sintomas como coceira e sensação de queimação ao urinar. Para o tratamento, é necessário consultar o seu ginecologista.

O profissional irá orientar e indicar o medicamento ideal para tratar esse cenário, como pomadas e outros fármacos com aplicação intravaginal.

4. Corrimento esverdeado

Esse tipo de corrimento é causado por um protozoário que já vimos por aqui e que é o responsável pela tricomoníase. A secreção esverdeada é conhecida por um forte mau cheiro, além de muita ardência e coceira na região da vagina.

Outra responsável por originar essa situação é a vaginose bacteriana, mas esse quadro é raro de acontecer. O tratamento é feito com antibióticos para eliminar o agente infeccioso, devendo ser indicado por um médico.

5. Corrimento rosado

O corrimento rosado costuma aparecer em alguns determinados cenários, como no início da gestação. Ele ocorre por conta do processo de nidação, que acontece de 3 a 7 dias após a fecundação. Junto dele podem aparecer as cólicas abdominais, porém, elas costumam ser mais leves e passam naturalmente depois de um tempo.

Quando identificar essa cor em suas secreções, realize um teste para gravidez, como o de farmácia. Caso o resultado dê positivo, faça um exame de sangue para ter a confirmação.

6. Corrimento marrom

O corrimento marrom ou com sangramento pode acontecer por diversos problemas. Geralmente, ele é um aviso de uma alteração uterina, que pode vir do câncer cervical.

Nesse caso, ele está associado a outros problemas como a perda rápida de peso, sensação de pressão no fundo da barriga e dores pélvicas.

Ao identificar essa cor, procure um ginecologista para confirmar o diagnóstico e indicar o melhor tipo de tratamento para você. Os métodos mais comuns utilizados para tratar esse quadro são a radioterapia ou uma cirurgia.

7. Corrimento transparente

Esse tipo é o mais comum e não representa um alerta, somente em casos de excesso e persistência da secreção. No geral, ele tem aparência semelhante à clara do ovo, sendo um corrimento sem cheiro e que indica o período fértil no ciclo menstrual, sendo uma bela dica para tentantes, já que ele está associado ao momento perfeito para a mulher engravidar.

Ele dura em média 6 dias e desaparece naturalmente após esse período. Outro momento em que ele se faz presente é durante as relações sexuais, mostrando um aumento da lubrificação na região da vagina, algo importante nesse momento.

Como se prevenir dos corrimentos vaginais?

Como dissemos no início, o corrimento é um acontecimento natural e até mesmo importante para o corpo, ajudando na lubrificação, regulação do pH vaginal e proteção da vagina.

Porém, existem os casos em que ele pode ser um alerta de alguma situação prejudicial ao nosso organismo, como as infecções.

Nesses momentos, é importante saber identificá-los e consultar um ginecologista, pois o profissional irá ajudar em um diagnóstico mais preciso, além de recomendar o melhor tratamento para você.

Criar alguns outros hábitos como: não usar peças íntimas feitas de tecidos sintéticos, evitar roupas muito justas, não esfregar muito a região íntima na hora de lavar, usar preservativos e manter a higiene da região vai te ajudar a reduzir os corrimentos incomuns.

É normal ter corrimento todos os dias?

Como você viu aqui antes, ter um excesso de corrimento alterado que seja persistente, ou seja, aconteça todos os dias, é um sinal de atenção para a saúde íntima. Especialmente em termos de cor e cheiro.

Não é normal ele ocorrer diariamente e, nesse caso, você deve procurar um médico especialista para entender o que pode estar acontecendo em seu corpo.

Agora que você conhece o que é o corrimento vaginal e quais os seus diferentes tipos, fica mais fácil saber quando é a hora ideal de procurar o médico, não é?

Continue navegando em nosso blog e confira outros conteúdos sobre a saúde da mulher!

Referências:

[1] RAO, Vanishree L.; MAHMOOD, Tahir. Vaginal discharge. Obstetrics, Gynaecology & Reproductive Medicine, v. 30, n. 1, p. 11-18, 2020.

[2] SHERRARD, Jackie et al. European (IUSTI/WHO) guideline on the management of vaginal discharge, 2011. International journal of STD & AIDS, v. 22, n. 8, p. 421-429, 2011.

Deixe um comentário

Os comentários precisam ser aprovados antes da publicação.