A saúde íntima feminina merece muita atenção e cuidado, afinal, são diversos fatores que podem alterar as condições da região e causar desconfortos, doenças, infecções e outros problemas.
Uma simples calça mais justa ou uma calcinha feita do material errado já podem ser motivos de alterações na saúde da mulher.
Por isso é tão necessário ter uma rotina de cuidados e autoavaliação para estar atenta a qualquer mudança que possa aparecer e ser um sinal de algum problema. Para te ajudar nessa tarefa, preparamos um guia completo com tudo o que você precisa saber sobre o assunto!
Continue a leitura e confira 12 dicas de como cuidar da sua saúde íntima!
1. Boa alimentação
Ter uma alimentação equilibrada e com todos os nutrientes que o seu corpo precisa vai ajudar a aumentar a sua imunidade, manter o pH ideal na região vaginal, além de oferecer vários outros benefícios. Uma dieta com alto consumo de gorduras, carboidratos e doces pode trazer alterações no pH vaginal.
Por isso, procure reduzir a quantidade desses alimentos na sua alimentação e dê preferência para uma dieta mais saudável e natural.
2. Evite calças muito justas
O uso de calças apertadas traz muitos problemas para a sua saúde íntima, sabia? Elas diminuem a ventilação da região, aumentando a temperatura e dificultando a transpiração da vagina, isso torna o ambiente favorável para a proliferação de bactérias.
Além disso, as roupas justas causam maior atrito na vulva e, assim, provocam uma irritação na pele da região.
3. Não utilize a ducha vaginal
Tente não ficar lavando a parte interna da vagina, pois essa ação não traz nenhum benefício, pelo contrário, só irrita a região e destrói a barreira de proteção natural. Isso acontece por conta da vagina ser muito sensível, então esse tipo de ducha causa microfissuras que facilitam o surgimento de infecções.
Esse é um hábito que pode ser deixado de lado, afinal, o canal vaginal já possui um processo de autolimpeza muito eficiente.
4. Tome banho após as relações sexuais
Depois de uma relação sexual, é muito apropriado tomar um banho para realizar uma boa higienização, removendo os fluidos corporais que ficaram após o ato e preservando a sua saúde íntima.
Dessa forma, você evita a proliferação de fungos e bactérias, além de garantir a limpeza de todos os resíduos sintéticos ou naturais que estiverem presentes.
5. Dê preferência para os sabonetes íntimos
Já que estamos falando de banho, nada melhor do que indicar o melhor tipo de sabonete para lavar as suas partes íntimas.
Apesar de não ser obrigatório usar esse tipo de produto e ser possível cuidar dessa limpeza apenas com água e sabonete neutro, os modelos íntimos são ainda mais seguros e eficientes nessa tarefa. [1]
Esse item mantém o pH vaginal inalterado e sua fórmula não irrita o tecido sensível que compõe a região íntima, promovendo um tratamento cuidadoso e apropriado para essa parte do corpo. Lembre-se de não esfregar muito a área e nem tentar limpar internamente.
6. Procure utilizar calcinhas de algodão
Os modelos ideais de calcinha são os confeccionados em algodão, pois os tecidos feitos de fibras naturais são mais respiráveis e promovem uma boa ventilação para a região íntima, além de contarem com uma boa absorção de líquidos.
Já as peças feitas em materiais sintéticos são muito quentes e deixam as suas partes bem abafadas, aumentando a umidade e deixando o local perfeito para o aparecimento de diversos fungos e bactérias.
7. Não deixe a calcinha secar no banheiro
Nunca deixe as suas calcinhas secando no banheiro depois do banho, você até pode lavar elas ali, porém, deixar elas secando favorece a proliferação de bactérias e fungos. Isso acontece por conta da umidade presente nesse ambiente e a falta de luz solar.
A melhor forma de secar as suas peças íntimas é deixá-las no sol. Depois você pode também passar o fundo das calcinhas com um ferro quente, eliminando todas as bactérias e fungos que ainda podem estar ali.
8. Experimente dormir sem calcinha
Algumas mulheres podem não estar tão acostumadas com esse hábito, mas ele com certeza traz diversos benefícios para a sua saúde íntima.
Além de ser mais confortável, dormir sem a calcinha deixa as suas partes íntimas mais ventiladas, prevenindo a proliferação de bactérias e fungos, corrimento vaginal e outros desconfortos por conta do abafamento.
Se você não se sente à vontade com isso, pode experimentar usar algumas camisolas e peças mais largas, preferencialmente feitas de algodão.
Como fazer a limpeza da região vaginal?
Como dissemos antes, nunca tente fazer uma limpeza da região vaginal, pois isso não é necessário já que a região conta com uma autolimpeza eficiente. Realizar a chamada “ducha vaginal” para limpar o local, retira a flora vaginal em equilíbrio e, assim, deixa você mais vulnerável a infecções bacterianas ou fúngicas.
A recomendação para limpar essa área é lavar a parte externa com água e sabonete neutro (de preferência os modelos íntimos e líquidos), usando os dedos para esfregar com cuidado.
Evite usar esponjas, buchas ou qualquer tipo de objeto, pois eles podem causar atritos e microfissuras na vulva. Realize movimentos circulares e suaves com os seus dedos, lavando principalmente o clitóris para retirar todo o esmegma, um resíduo de cor branca que costuma aparecer neste local.
Você pode realizar essa limpeza até 3 vezes ao dia, tomando os cuidados que mostramos aqui. No período menstrual essa rotina deve ser feita com ainda mais atenção, sempre realizando a troca dos absorventes conforme o seu fluxo menstrual e removendo os coágulos de sangue que ficam na vulva.
Porém, não exagere na hora de fazer a sua higiene íntima, esse processo não deve durar mais que 3 minutos e nem ser feito tantas vezes ao dia. O exagero na hora de limpar pode deixar a região vaginal ressecada e com traumas, por isso, muito cuidado!
Agora, você sabe como cuidar da sua saúde íntima, mantendo a sua vida sexual e reprodutiva sempre saudável. Aproveite e confira também em nosso blog 5 vitaminas essenciais para as mulheres e descubra como adquirir ainda mais bem-estar!
Referências:
SILVA, Denise Antonia Nunes et al. A importância do sabonete íntimo feminino com foco na microbiota e nos estágios de vida da mulher. 2019. Disponível em: < https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40345 > Acesso em 27 fev 2023.