símbolo do Outubro Rosa

Outubro rosa: previna-se contra o câncer de mama

O Outubro Rosa chegou trazendo consigo uma onda de conscientização e cuidados contra o câncer de mama. De acordo com Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse tipo de câncer é a enfermidade que mais causa óbitos entre as mulheres no Brasil. Por isso, é importante se cuidar, e muito!

A entidade estima que o ano de 2022 deve trazer mais de 66 mil novos casos da doença, que está relacionada a diversos fatores de risco. Entre eles, variáveis genéticas e hereditárias, fatores comportamentais, ambientais e hormonais.

Porém, saiba que o câncer de mama tem cura e pode ser detectado precocemente, aumentando as chances de sucesso do tratamento. Aqui no Blog da Cimed você vai entender o que é essa doença, quais os sintomas, como se prevenir e muito mais!

Vamos juntas?

O que é o câncer de mama?

O câncer de mama é consequência da multiplicação desordenada de células anormais na região. O acúmulo delas no tecido forma o tumor, que tem grandes chances de migrar para outros órgãos, tecidos e estruturas, derivando as temidas metástases.

Existem três tipos de câncer de mama que são mais comuns. Eles são:

  • Carcinoma ductal: É o tipo mais comum, que acomete os ductos mamários que levam o leite materno. Pode desenvolver metástase, se não tratado adequadamente;
  • Carcinoma lobular: Aparece ou nos lóbulos mamários ou como marcador de risco de aparecimento do câncer de mama;
  • Tecidos conjuntivos: forma mais rara, surge nos músculos, vasos sanguíneos e gordura da mama.

Entretanto, a medicina já comprovou a existência de pelo menos mais 5 modalidades de manifestação da doença.

Fatores de risco do câncer de mama

O câncer de mama não apresenta uma única causa. Ou seja, o aparecimento de nódulos e outros sinais está relacionado a alguns fatores de risco. E, mesmo que eles estejam presentes, isso não quer dizer que você vai desenvolver a doença.

O que se sabe até o momento é que antes dos 35 anos, o aparecimento da doença é relativamente raro. Porém, as chances de desenvolver o câncer de mama é consideravelmente maior após os 50 anos.

Descubra agora três categorias de fatores de risco de desenvolvimento da enfermidade.

1. Fatores ambientais e comportamentais

Os fatores ambientais e comportamentais são aqueles ligados aos hábitos de vida da pessoa. Entre eles, podemos destacar alguns muito comuns:

  • Sedentarismo;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Exposição à radiação, ionizantes, entre outros.

2. Fatores reprodutivos e hormonais

A história reprodutiva e hormonal da mulher pode indicar uma maior predisposição ao câncer de mama.

Os casos em que a primeira menstruação aconteceu antes dos 12 anos, a primeira gravidez após os 30, a chegada da menopausa antes dos 55 anos ou mesmo quando a mulher não teve nenhum filho são dignos de atenção e cuidados.

Além disso, mulheres que fizeram ou fazem uso prolongado de contraceptivos orais ou de reposição hormonal depois da menopausa também precisam se cuidar. Um estudo realizado com mulheres da Dinamarca, entre 15 e 49 anos, identificou 11. 517 novos casos em 10 anos de pesquisa. Dessas, houve um caso a mais de câncer acima do esperado para cada grupo de 7.690 mulheres[1].

3. Fatores hereditários e genéticos

O histórico familiar também é um fator de risco que precisa ser avaliado. Entretanto, fique tranquila, somente de 5% a 10% dos casos de câncer de mama estão diretamente ligados a fatores hereditários ou genéticos.

Então, histórico de câncer de ovário, câncer de mama em homens, em mãe, irmã e filha, principalmente antes dos 50 anos, configuram fatores de risco.

A terapia de reposição hormonal traz algum risco?

Sim. As mulheres que fazem Terapia de Reposição Hormonal (TRH) correm risco de desenvolver câncer de mama. Os perigos são maiores se o período de tratamento contra os sintomas da menopausa for maior que cinco anos.

A atenção deve ser dobrada caso tenha sido feita a terapia combinada com estrogênio e progesterona, os principais hormônios femininos. Por outro lado, os riscos diminuem com a interrupção do tratamento.

Quais os sintomas do câncer de mama?

O sintoma mais comum do câncer de mama é o aparecimento de nódulos ou caroços endurecidos, sendo o sinal que aparece em 90% dos casos [2].

Entretanto, existem outros sintomas que precisam ser avaliados por um médico, já que podem não representar perigo de um tumor, mas exigem algum tipo de tratamento.

Entre os sintomas e sinais de câncer de mama, estão:

  • Caroço ou nódulo endurecido e, no geral, indolor;
  • Alterações no mamilo;
  • Nódulos de pequena dimensão embaixo nas axilas ou no pescoço;
  • Aparecimento de líquidos saindo de um dos mamilos;
  • Pele da mama com cor avermelhada, retraída ou enrugada.

Assim, caso você note a presença de um ou mais sinais ou outras alterações suspeitas na mama, procure um serviço de saúde ou um médico de sua confiança.

Como se prevenir do câncer de mama?

O grande aliado das mulheres para se prevenir do câncer de mama é a realização do autoexame das mamas. Grande parte dos nódulos e das neoplasias são detectadas pelas próprias mulheres, sendo mais tarde confirmadas por exames clínicos [3].

Além disso, tentar evitar os fatores ambientais e comportamentais que causam danos à saúde e ficar atentos às características hormonais do seu corpo é uma boa forma de manter a saúde e o bem-estar.

Por outro lado, a realização de exames de rotina, da mamografia e outras estratégias de prevenção devem ser avaliados com cuidado. Veja mais detalhes na sequência:

Mamografia

A mamografia é um exame realizado por médico ou enfermeiro treinado. Ela consiste na realização de um raio-X da mama, facilitando o diagnóstico de nódulos ainda em estado bem inicial de desenvolvimento.

Exame clínicos de rotina

Os exames clínicos de rotina também são conduzidos por profissionais da área de saúde.

No procedimento, um médico ou enfermeiro realiza o toque na mama para identificação de possíveis nódulos. Eles ainda investigam outras alterações que podem requerer exames mais detalhados e conclusivos.

Mamografia de rastreamento

A mamografia de rastreamento é o exame realizado em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama. Ela é indicada para quem tem entre 50 e 69 anos, já que fora dessa faixa etária os riscos podem ser maiores que os benefícios do exame.

A exposição aos raios-X não é o dano principal que a mamografia de rastreamento pode fazer, ainda que a exposição não seja indicada. Dessa forma, maiores cuidados devem ser tomados em relação aos resultados incorretos, que podem gerar um alto estresse na paciente.

Outros pontos devem ser avaliados, por exemplo, o tratamento de tipos de câncer que não caracterizam ameaça à vida da pessoa precisam ser cuidadosamente conduzidos. A justificativa é que certos tumores de mama têm crescimento lento e com baixo potencial de prejuízos à saúde. É o caso, por exemplo, de mulheres com mais de 70 anos de idade.

Mulheres com risco elevado

As mulheres com risco elevado de desenvolver a doença devem procurar orientação médica para avaliação do quadro clínico. A partir disso é que deve vir a decisão sobre a melhor estratégia de controle.

Apenas as mulheres desenvolvem câncer de mama?

Não. Apesar de ser mais comum no sexo feminino, o câncer de mama também é uma doença que acomete os homens. As estatísticas mostram que aproximadamente 1% da população masculina pode desenvolver a doença.

Quanto tempo o câncer demora para se desenvolver?

Em média, as primeiras células com gene danificado aparecem de 7 a 10 anos antes do aparecimento do carcinoma.

Neste período, a mulher dificilmente sente algum sintoma ou alteração na mama. Assim, a formação dos nódulos só é notada através de exames de imagem, como a mamografia e o raio X.

Sem dúvida, isso reforça a importância da realização de exames periódicos, conforme orientação médica.

O câncer de mama é muito comum no Brasil?

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2022, a estimativa é de que apareçam 66.280 casos de câncer de mama no Brasil, com um risco estimado de casos de 43,74 para cada 100 mil mulheres, sendo que o tipo mais comum é o carcinoma de células epiteliais [4].

Em relação à mortalidade, o Altas de Mortalidade do Câncer aponta que no ano de 2019 aconteceram, aproximadamente, 18.295 mortes em decorrência da doença, com 18.068 óbitos de mulheres.

O que é e como surgiu o Outubro Rosa?

O Outubro Rosa é um movimento que visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Assim, durante todo o mês, instituições públicas e privadas desenvolvem ações com o objetivo de informar e rastrear casos da doença.

A iniciativa surgiu nos Estados Unidos, quando os estados conseguiram aprovar no Congresso Americano uma legislação que tornava o mês de outubro um símbolo da luta contra a enfermidade. Foi nessa campanha que surgiu o laço rosa, símbolo do movimento até os dias de hoje.

No Brasil, os primeiros atos aconteceram no ano de 2002. Naquela data, o Mausoléu do Soldado Constitucionalista, em São Paulo, recebeu uma iluminação rosa. A ação marcou o início de uma onda de conscientização e ações por todo o país.

Câncer de Mama: Conscientização salva vidas

O Blog da Cimed espera que você entre no clima da importância do Outubro Rosa e seja cada vez mais cuidadosa com a sua saúde. Ou seja, coloque em dia suas visitas ao médico e realize os exames periódicos indicados para sua idade.

Além disso, faça uma atividade física prazerosa, alimente-se bem e tire uns minutos do dia para cuidar da pessoa mais especial da sua vida: você mesma!

Aproveite as informações que você viu aqui sobre o que é o câncer de mama, sintomas e sinais, dicas de prevenção e controle para ter sempre uma boa saúde. E, em caso de qualquer alteração suspeita na mama, procure assistência médica.

Até a próxima!

 

 

Referências:

[1] Anticoncepcionais aumentam risco de câncer de mama. Sociedade Brasileira de Mastologia. Disponível em < https://sbmastologia.com.br/anticoncepcionais-aumentam-risco-de-cancer-de-mama/ >. Acesso em:11/10/2022

[2] Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Câncer de mama : vamos falar sobre isso? / Instituto Nacional de Câncer. – 7. ed.– Rio de Janeiro : INCA, 2022. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/publicacoes/cartilhas/cancer-de-mama-vamos-falar-sobre-isso>. Acesso em: 04/10/2022

[3] THULER, Luiz Claudio. Considerações sobre a prevenção do câncer de mama feminino. Revista brasileira de cancerologia, v. 49, n. 4, p. 227-238, 2003. Disponível em: <https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/2076/1291>. Acesso em: 04/10/2022.

[4] Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Dados e números sobre o câncer de mama: relatório anual 2022. Rio de Janeiro: INCA, 2022. Disponível: <https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//dados_e_numeros_site_cancer_mama_setembro2022.pdf>. Acesso em: 04/10/2022

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