Com a agitação do dia a dia, voltar o olhar para o autocuidado pode se tornar uma tarefa difícil e até mesmo passar batida, o que pode ser um perigo para nosso bem-estar físico e mental. Ao ignorar os sinais do nosso corpo, nos sujeitamos a desenvolver alguns problemas que até então pareciam estar distantes, como alergias e infecções, como a candidíase.
A candidíase é uma infecção causada por um fungo da flora intestinal e pode causar muitos desconfortos, ocasionando o comprometimento de alguns órgãos se não for tratada. No post de hoje veremos o que é essa infecção, como ela ocorre, como tratar e algumas curiosidades sobre o processo. Continue a leitura e entenda como lidar!
O que é candidíase?
A candidíase é uma infecção causada pela levedura Candida — que é um fungo — e que possui alguns subtipos e atinge normalmente as mulheres, em sua grande maioria.
Embora seja mais comum em mulheres, a candidíase também ocorre em homens e, em ambos os casos, afeta majoritariamente a região do órgão sexual, podendo se expandir para outros órgãos caso não seja tratada.
Ainda que muitas pessoas acreditem que a candidíase é uma IST, ela não é transmitida através das relações sexuais, fator que a descaracteriza como Infecção Sexualmente Transmissível.
Essa infecção afeta principalmente a saúde íntima feminina e pode causar diversos desconfortos, mas possui um tratamento fácil e rápido de se realizar.
Quais os tipos de candidíase?
O tipo mais comum é a vaginal, que afeta em grande parte as mulheres e é causada pelo fungo Candida, como já mencionamos anteriormente. Também ocasionada pelo Candida, a balanopostite é a “candidíase masculina”, ela costuma afetar a região do pênis e causar diversos desconfortos.
Outro tipo, este mais raro, é a cutânea, ou também conhecida como intertrigo, que é uma infecção que afeta a pele, unhas e cabelo do paciente. Seguindo a variação dos subtipos, o famoso “sapinho”, também é um tipo de candidíase que acomete a boca e pode se espalhar para o esôfago e garganta.
Ainda podem ocorrer casos mais graves, como a candidíase sistêmica, que se trata do alastramento dos fungos para a corrente sanguínea em fluidos que inicialmente não teriam nenhuma bactéria. É mais comum em pessoas com o sistema imunológico debilitado, que pode ser fortalecido através da ingestão de vitaminas, por exemplo.
Quais os sintomas da candidíase?
A candidíase possui sintomas muito característicos, que são notáveis já nos primeiros dias de infecção. Confira os sintomas mais comuns a seguir:
-
Dores e vermelhidão na região vaginal;
-
Ardores e coceira na região vaginal;
-
Corrimento esbranquiçado;
-
desconforto ao urinar;
-
desconforto durante relações sexuais.
Vale ressaltar que alguns casos são assintomáticos e que precisam ser diagnosticados por um profissional, normalmente o ginecologista. Realizar o acompanhamento médico é indispensável para a recuperação efetiva.
O que causa a candidíase?
A candidíase pode ser causada por diversos fatores, o que varia conforme cada caso. Um dos principais motivadores identificados, até então, é a queda da imunidade ou resistência da pessoa, mesmo que não seja algo crônico, e apenas momentâneo.
Como os fungos do gênero Candida já são organismos que fazem parte da flora intestinal, quando ocorre esta queda, sua proliferação ocorre com mais rapidez e logo aparecem os sintomas da infecção. Caso perceba essas alterações ocorrendo, busque formas de aumentar a imunidade, como a suplementação vitamínica.
Outros motivos que podem ocasionar a infecção também são a alteração da flora intestinal, causada pela ingestão de remédios como antibióticos, estresse ou manter a região vaginal úmida durante muito tempo, por qualquer motivo, como um dia na piscina. Isso cria um ambiente favorável para o fungo se instalar e desenvolver.
Além dos antibióticos, medicamentos do tipo corticoide também podem acarretar a candidíase, e em um quadro um pouco mais avançado, que é a candidíase de repetição — que é quando a infecção sucede mais de 4 vezes ao ano.
Quais são os fatores de risco da candidíase?
Como mencionamos anteriormente, embora ela afete a saúde da mulher em sua maioria, pessoas de todos os gêneros e idades estão suscetíveis a desenvolver a candidíase, mas embora isso seja um fato, existem outros agravantes que podem acometer a infecção.
Alguns dos principais fatores de risco são os extremos de idade, o que significa que tanto crianças, quanto idosos estão propensos, pacientes que passaram por procedimentos invasivos ou queimaduras extensas, pessoas com diabete e alguns outros casos mais específicos, como imunossuprimidos.
É importante estar atento aos sintomas e, no primeiro sinal da infecção, já buscar um diagnóstico profissional e iniciar o acompanhamento. Quando negligenciada, a infecção pode causar a depressão do sistema imunológico e comprometer órgãos, como rins e pulmões.
Existem alimentos que podem agravar a candidíase?
Uma dúvida recorrente sobre a infecção é se os alimentos agravam o caso da candidíase e a resposta é sim! Isso ocorre, pois o fungo candida se encontra na flora intestinal, então dependendo da alimentação, o quadro pode ser alterado, para bem ou para mal.
Um dos grandes inimigos para quem está passando pela candidíase é o açúcar, pois ele alimenta as leveduras, que são os fungos causadores e favorecem seu desenvolvimento. Por isso, evite refrigerantes, doces e outros alimentos com alto teor de açúcar. A vitamina C, é uma fortalecedora do sistema imunológico, considere usá-la no tratamento, assistida por um médico.
Seguindo na linha do açúcar, o álcool é uma substância proveniente da cana-de-açúcar, o que caracteriza sua ação nociva para o organismo comprometido com a infecção. Evite bebidas alcoólicas durante este período.
Os laticínios também são alimentos que contribuem para o aumento das leveduras e agravam a candidíase. Procure alimentos alternativos para substituir os derivados do leite. Aposte em opções ricas em vitamina E, como frutas e vegetais, que são mais leves e benéficas para a flora do intestino.
Amada por muitos e odiada por outros, a cafeína pode causar a irritação da flora intestinal, fator que facilita a proliferação da candida. Bebidas como chá-preto e refrigerantes de cola também precisam ser evitados.
Por último, alimentos como pão branco, arroz branco, massas e todos aqueles ricos em carboidratos refinados que são digeridos rapidamente devem ser evitados, pois não são ricos em nutrientes e se transformam em açúcar, que já foi apontado como um dos principais elementos agravantes da candidíase.
Como diagnosticar a candidíase?
O diagnóstico de candidíase é fácil de ser feito, normalmente prescrevido apenas baseado nos relatos do paciente, que apresenta os sintomas e, em alguns casos, até uma avaliação da própria região.
É o caso que ocorre normalmente na candidíase vaginal, onde o ginecologista fará exames clínicos e observará o volume da vermelhidão e o corrimento vaginal característico.
Em quadros mais avançados, é possível serem necessários exames laboratoriais, como a bacterioscopia, que darão um panorama mais amplo para o direcionamento do tratamento.
Como tratar a candidíase?
Felizmente, o tratamento da candidíase é muito fácil de ser feito, não é nada invasivo e pode ser feito de casa, sem a necessidade de se deslocar para realizar algum procedimento. Com o tratamento doméstico, é possível se livrar da candidíase em até 3 semanas.
Para o tratamento, são comumente utilizados medicamentos tipo antimicóticos e pomadas antifúngicas. Esses podem ser ingeridos pelo paciente ou aplicados no local da infecção, um complementando o outro.
Para os casos onde a candidíase é recorrente, outros exames e tratamentos complementares podem ser indicados, para um resultado mais efetivo e ágil.
A candidíase é uma infecção muito comum ocasionada principalmente pela proliferação do fungo candida, presente em nossa flora intestinal. Ela pode ocorrer por diversos fatores e ninguém está 100% imune a ela. Ao apresentar sintomas da infecção, procure ajuda médica para realizar o tratamento quanto antes.
Gostou de conhecer um pouco mais as causas da candidíase e seu tratamento? Então continue navegando no blog da Cimed e tenha acesso a diversos conteúdos sobre saúde e bem-estar.
Se você aproveitou este artigo, talvez nosso post sobre como escolher os melhores produtos para sua skincare seja interessante. Até a próxima!
