Imagem de um calendário com a data circulada correspondente ao dia da ovulação.

Saiba tudo sobre o período fértil com o Compre Cimed

Desde a primeira menstruação, o corpo feminino passa por um ciclo mensal de comportamentos biológicos que o prepara para a maternidade. Do aumento da libido em alguns dias às alterações de humor em outros, todos os sinais se conectam e, quando bem observados, podem nos levar a entender uma etapa fundamental desse circuito: o período fértil!

Esse processo, relativamente rápido, é super importante para mulheres que desejam, ou não, ter filhos ao longo da vida, e entendê-lo é a chave para se conectar a tudo o que acontece com o organismo feminino. Mas, calma: você não precisa se preocupar se o assunto ainda levanta muitas dúvidas na sua mente.

Hoje, o blog do Compre Cimed preparou este conteúdo completo sobre o período fértil, respondendo dúvidas sobre quando e como acontece, quais são seus sintomas, o que o compromete e como rastreá-lo. Continue a leitura e fique por dentro de tudo com a gente!

O que é o período fértil?

O período fértil, também conhecido como janela da fertilidade, se refere aos dias antes, durante e depois da ovulação feminina, quando os óvulos chegam ao útero e estão prontos para a fecundação. Ele acontece todos os meses, desde a primeira menstruação até a menopausa, e indica as maiores chances do ciclo para a mulher engravidar.

Durante esse período, alguns hormônios têm seus níveis aumentados para favorecer a gestação, especialmente:

  • Estradiol: uma versão do estrogênio que faz o corpo produzir mais líquidos para aumentar a lubrificação do canal vaginal [1] e do endométrio, facilitando a passagem dos espermatozoides em direção ao útero;

  • Progesterona: especialmente nos últimos dias [2], ela é responsável pelo bom funcionamento das tubas uterinas e por fortalecer o endométrio, impedindo a perda do óvulo fecundado, no caso de fecundação.

Quando acontece e quantos dias dura o período fértil?

O período fértil acontece mais ou menos na metade do ciclo menstrual, cerca de 14 dias após o primeiro dia da menstruação — considerando, é claro, que ele aconteça de forma regular — e tem uma duração média de 5 dias. Após esse intervalo, o corpo recebe o sinal de ter sido ou não fecundado, encaminhando a mulher para desenvolver a gestação ou menstruar.

Vale lembrar que a ovulação, em si, dura apenas 1 desses 5 dias. Os 4 restantes correspondem a preparação do útero antes e sua proteção logo após o processo acontecer, ambas biologicamente programadas pelo corpo para preservar a região.

Quais os sintomas do período fértil?

Apesar de ser um evento normal no corpo da mulher, o período fértil não se manifesta sempre da mesma maneira para todas — aliás, ele pode até mesmo mudar seus padrões ao longo da idade conceptiva. Mas é possível, sim, encontrar alguns sintomas semelhantes e bem comuns, como:

  • Mucosa vaginal com aspecto transparente e flexível, quase como a clara de um ovo cru;

  • Aumento significativo do apetite e da libido;

  • Dores no baixo-ventre, logo na base do abdômen;

  • Aumento do tamanho das mamas;

  • Surgimento de espinhas;

  • Aumento da temperatura corporal, especialmente pela manhã, ao acordar.

Qual a importância de conhecer o período fértil?

O período fértil é um processo essencial do corpo feminino e conhecê-lo é a chave para entender os diferentes comportamentos, físicos e emocionais, que você manifesta — e como eles se conectam! — ao longo de cada mês. E se engana quem pensa que saber os dias nos quais sua fertilidade está alta é uma informação valiosa apenas para tentantes, viu?

Para as mulheres que não querem ter filhos, entender como esse ciclo funciona é uma excelente ferramenta para evitar a gravidez indesejada. Mas, é claro, vale lembrar que esse conhecimento jamais substitui métodos contraceptivos de eficácia comprovada, como a camisinha e a pílula anticoncepcional, por exemplo.

É possível engravidar fora do período fértil?

As chances de engravidar fora do período fértil são muito baixas, mas não nulas. Especialmente nos dias que antecedem a janela da fertilidade, é possível que o espermatozoide chegue até o óvulo, caso aconteça uma relação sexual sem proteção.

O que pode atrapalhar o período fértil?

Não é sempre que o corpo vai estar em perfeitas condições de saúde, certo? O período fértil é afetado por isso, especialmente pelas seguintes situações:

  • Baixo peso e obesidade [3];

  • Estresse e ansiedade;

  • Uso da pílula anticoncepcional;

  • Uso de medicamentos que atuam no sistema nervoso central;

  • Alterações ou distúrbios hormonais, como problemas na tireoide, Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e uso de hormônios como a testosterona, por exemplo.

Como fazer o cálculo do período fértil?

Calcular o período fértil não é uma tarefa tão simples, não pela dificuldade das contas, mas, sim, pela inconstância que o corpo pode ter nos seus processos e sintomas ao longo da vida. Só que existem algumas maneiras de se manter conectada à sua janela da fertilidade e entender em que momento ela se encontra, olha só:

1. Fazer acompanhamento médico regular

Consultar periodicamente um ginecologista de confiança é um passo essencial para compreender o período fértil, além de ser a forma mais eficaz de cuidar da saúde íntima feminina. Sempre comunique o profissional sobre as mudanças que perceber no seu corpo, como demora para o fim da menstruação, dores e inchaços anormais, por exemplo.

2. Observar o corpo ao longo do mês

A observação do próprio corpo é uma das principais (e mais tradicionais) formas de calcular o período fértil, sendo até mesmo utilizada como método contraceptivo e de planejamento familiar [4] no passado, conhecida como tabelinha — que ficou obsoleto pela sua falta de eficácia, mas não perde seu crédito por facilitar o autoconhecimento feminino.

Nela, é preciso ter um caderno para anotar, todos os meses, o primeiro e último dias de menstruação. Além disso, é preciso adicionar informações ao longo de todo o mês, como mudanças de humor, aparecimento de espinhas, libido em alta e qualquer outro sintoma que se relacione com a fertilidade.

Com o tempo, é possível comparar todos os meses, chegar à média de duração do seu ciclo menstrual e encontrar a janela de fertilidade. Mas, vale lembrar que, isso só é possível para quem possui o ciclo regulado, pois qualquer irregularidade nos dias já compromete o cálculo.

3. Adotar o Método de Ovulação Billings

Outra forma conhecida de rastrear o período fértil é por meio do Método de Ovulação Billings [5], também conhecido como método do muco cervical. Nele, é preciso avaliar, diariamente, a secreção produzida pelo colo do útero e anotar seu aspecto, da cor à textura. A fertilidade vai estar em alta durante os dias nos quais ela se apresentar translúcida e elástica, como vimos mais cedo.

4. Realizar testes de fertilidade

Alguns exames ginecológicos e laboratoriais ajudam bastante no entendimento da janela da fertilidade, como:

  • Ultrassom transvaginal: mostra quando a ovulação ocorre, além de apontar mudanças nos ovários;

  • Exames de sangue: apontam os níveis hormonais;

  • Testes de ovulação: encontrados em farmácias, mostram a concentração dos hormônios responsáveis pela liberação do óvulo ao útero. No caso desse exame, a mulher deve urinar todos os dias, após a menstruação, para conseguir dados exatos.

5. Utilizar aplicativos especializados

Os aplicativos de saúde íntima feminina são relativamente novos no mercado, mas têm destaque pela praticidade e possibilidade de ter todas as informações sobre seu ciclo menstrual na palma das mãos. Eles permitem realizar anotações, criar calendários e gráficos com a temperatura basal do corpo, além de enviarem notificações sobre sua janela [6].

Assim como todos os outros métodos anteriores, essas ferramentas precisam de tempo para trazerem informações mais exatas. Mês após mês, a observação do seu corpo, seja manual ou digital, consegue te levar a entendê-lo e fazê-lo funcionar da forma que deseja, seja estando grávida ou não.

E aí, gostou de conhecer mais sobre o período fértil? Aqui no blog do Compre Cimed estamos sempre trazendo as melhores informações para você viver com mais saúde, qualidade e bem-estar. Quer entender mais sobre os sinais que o corpo feminino dá? Aproveite e conheça os sintomas da gravidez com o conteúdo completo que preparamos!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] LOUZADA, Gabriela Valadão; et al. Os efeitos da terapia de reposição hormonal em mulheres na menopausa. Revista Eletrônica Acervo Médico, 23(1), e11625. Disponível em: <https://acervomais.com.br/index.php/medico/article/view/11625>. Acesso em: 04 dez. 2023.

[2] CAMARGOS, Aroldo Fernando. Investigação de métodos não invasivos para monitorar a função ovariana da mulher. Biblioteca Virtual em Saúde, 4(1), 25-34, 1989. Disponível em: <https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-76889>. Acesso em: 04 dez. 2023.

[3] BARROS, Izabella Siffert Girundi; ALVES, Gabriela Dolabella; ROCHA, Levimar Araujo. O impacto da obesidade na fertilidade feminina. Revista Científica de Saúde do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH), v. 12, n. 2, 2019. Disponível em: <https://revistas.unibh.br/dcbas/article/view/2980>. Acesso em: 04 dez. 2023.

[4] COSTA, Alcione; et al. História do planejamento familiar e sua relação com os métodos contraceptivos. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 37, n1 (2013). Disponível em: <https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/173>. Acesso em: 04 dez. 2023.

[5] SILVA, Hiana Beatriz Santos Lima Gomes da. Método de ovulação Billings como alternativa ao uso dos contraceptivos orais hormonais. Centro Universitário de João Pessoa, 28 jun. 2022. Disponível em: <https://repositorio.fass.edu.br/jspui/handle/123456789/4160>. Acesso em: 04 dez. 2023.

[6] PALETTA, Gabriela Cabral; NUCCI, Marina Fisher; MANICA, Daniela Tonelli. Aplicativos de monitoramento do ciclo menstrual e da gravidez: corpo, gênero, saúde e tecnologias da informação. Dossiê Tecnopolíticas de Gênero, Cad. Pagu (59), 2020. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/cpa/a/RWLk5kcnkskpJBLXW4QFrGt/?lang=pt#>. Acesso em: 04 dez. 2023.

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