A gestação é um período cheio de descobertas e transformações. Nesse momento, é preciso redobrar o cuidado com a saúde e garantir uma dieta balanceada.
Mulheres que sofrem com déficit de alguma vitamina específica ainda podem recorrer à suplementação para garantir sua saúde e a do bebê.
Separamos as principais vitaminas para gestantes e alguns detalhes sobre as suas respectivas funções no organismo, tudo para que você fique bem informada.
Continue a leitura e lembre-se de que a consulta médica é a forma mais segura de saber se é necessário ingerir vitaminas extras em seu dia a dia. Acompanhe!
Qual a importância das vitaminas na gestação?
As vitaminas – assim como os minerais – são micronutrientes essenciais nas reações químicas que acontecem em nosso corpo.
Elas estão presentes em quantidades bem menores quando comparadas aos macronutrientes — carboidratos, proteínas, água —mas possuem grande influência nos processos que acontecem no organismo[1].
Durante o período de gestação, essas mudanças são ainda mais acentuadas. Tanto o desenvolvimento do feto quanto a preparação do corpo da mamãe acabam aumentando a necessidade nutricional.
Daí a importância da consulta médica regular, que pode indicar déficit de alguma vitamina importante na gravidez. Confira os principais nomes abaixo:
Ácido fólico
Você deve conhecer essa substância por outro nome: vitamina B9! Seja como for, ela é indispensável para a formação correta do bebê que vem chegando. O ácido fólico participa do tubo neural, que por sua vez é responsável pela formação da medula espinhal e do cérebro. Tudo isso antes do segundo mês de gestação.
Esse período é muito importante para o desenvolvimento correto do feto. Tanto a falta quanto o excesso de ácido fólico podem ser um problema. Por isso, reforçamos a importância da consulta especializada, viu?
Vitamina C
A vitamina C é outro micronutriente essencial para a boa saúde do novo integrante. Além disso, essa vitamina também é muito importante para a mãe, já que está diretamente ligada à produção de colágeno.
Atenção: a suplementação de vitamina C só deve ser iniciada com o consentimento de um médico profissional. Caso contrário, busque fontes naturais da substância.
Essa vitamina também influencia na saúde das cartilagens, tendões, pele e ossos. O excesso de vitamina C no organismo pode aumentar as chances de cálculos renais.
Sua falta também não pode ser ignorada, uma vez que apresenta um papel importante na conversão e, consequentemente, na absorção de ferro.
Vitamina A
Seguindo com a lista de vitaminas essenciais para a gestante, temos a vitamina A. Ela é muito importante durante o crescimento e desenvolvimento do bebê, tudo isso desde a fase embrionária. É possível analisar a atuação da vitamina A na formação e crescimento dos membros[2].
A saúde da retina, por exemplo, é outro fator que está ligado à substância. Essa vitamina induz o funcionamento da visão e por isso acaba por impactar os processos visuais. Ainda vale dizer que o fator de crescimento proporcionado por ela se aplica em muitos outros tecidos e até mucosas!
Vitamina B6
A vitamina B6 é forte atuante nas reações metabólicas do organismo, realizando o papel de coenzima. Por isso, a produção de energia também é influenciada.
Ela ainda participa da produção de neurotransmissores, desempenhando uma função muito importante na formação do sistema nervoso do bebê.
Ah, vale lembrar que a vitamina B6 ainda pode diminuir os enjoos comuns no período. Então, mamães, vale a pena saber se é um artifício que pode ser utilizado quando o mal-estar fala mais alto.
Vitamina D
A vitamina D é tão importante no período de gestação, que a própria FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) indica sua suplementação durante o pré-natal.
Mas afinal, qual o motivo para isso? É simples! Essa belezinha age na proteção do feto a partir da bolsa amniótica. A insuficiência placentária e a ruptura prematura da bolsa são dois problemas que podem ser evitados com índices corretos de vitamina D no organismo. É comum que a quantidade fornecida pelo sol não seja suficiente. Aí a suplementação entra em campo!
Cálcio, ferro e zinco
Mesmo não fazendo parte do grupo das vitaminas, esses minerais são micronutrientes importantíssimos na gestação e também merecem atenção especial. A ingestão correta de cálcio é essencial para a formação óssea do bebê e, claro, para que ele não acabe utilizando a quantidade já presente no corpo da mamãe.
O ferro, por sua vez, é um mineral que age na produção de hemoglobina. Tal substância fica no sangue e realiza o transporte de oxigênio por todo o corpo.
Já dá para perceber o quanto ele é importante, não é mesmo? Suas contribuições para o sistema imunológico ainda ajudam a mãe na defesa contra agentes externos.
O zinco também recebe lugar de destaque na lista, sendo responsável pelo desenvolvimento neural do bebê e também pela área da cognição. O mineral ainda possui relação com a cicatrização de lesões na gestante, sendo importante para ambas as partes!
Qual exame devo fazer para detectar falta de vitaminas?
O exame de sangue é o meio utilizado pelos profissionais de saúde para detectar a falta de alguma vitamina específica. A partir dele, serão tomadas medidas para que essas quantidades sejam ajustadas.
O nutrólogo também pode realizar essa análise. Lembramos também que o médico nutrólogo é um importante aliado das gestantes e pode ajudar muito em diferentes contextos.
Como ingerir vitaminas de forma natural?
A ingestão de vitaminas por meio da alimentação deve ser prioridade na vida das futuras mamães. Ressaltamos que o uso de suplementos vitamínicos deve ser feito apenas com a indicação médica. Veja na sequência algumas fontes de vitaminas para introduzir em sua dieta:
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Vitamina A: cenoura, mamão, manga, pimentão;
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Vitamina C: brócolis, caju, goiaba, couve;
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Vitamina B6: fígado, cereais, castanha, soja;
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Vitamina D: peixes, ovos, leite, suco de laranja.
Consulte o nutricionista e um médico especialistas para elaborar uma dieta eficiente e personalizada de acordo com suas necessidades. Aproveite e continue acompanhando o blog da Cimed para receber outros conteúdos repletos de informações como estas.
Nos vemos em breve!
Referência:
1- SOUZA, Amanda de Moura et al. ERICA: ingestão de macro e micronutrientes em adolescentes brasileiros. Revista de Saúde Pública, v. 50, 2016. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/rsp/a/Tx9rsC4G4DnsYRtKbzY8MnS/abstract/?lang=pt >. Acesso em 3 de fev. de 2023.
2- CHAGAS, Maria Helena de Castro et al. Teratogenia da vitamina A. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 3, p. 247-252, 2003. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/rbsmi/a/YMpmbpBdRs63dfLW66TXkKz/abstract/?lang=pt >. Acesso em 3 de fev. de 2023.
3- KOMINIAREK, Michelle A.; RAJAN, Priya. Nutrition recommendations in pregnancy and lactation. Medical Clinics, v. 100, n. 6, p. 1199-1215, 2016. Acesso em 3 de fev. de 2023.
