sexualidade feminina

Sexualidade feminina: tabus, mitos e verdades!

A sexualidade feminina sempre esteve a margem das discussões sobre prazer e sexo na cultura ocidental, sendo um direito majoritariamente masculino.

Assim, para elas, o sexo apenas teria finalidade reprodutiva, reprimindo as mulheres do contato com seu corpo e desejos, além de gerar muitos tabus e mitos.

Neste conteúdo, você vai encontrar alguns dos tabus e crenças que em pleno século XXI ainda estão presentes na sociedade, moldando o comportamento e a vida de mulheres no mundo todo.

Confira!

Por que a sexualidade feminina ainda é tabu?

Ao longo da história, a sexualidade feminina foi deixada de lado por muito tempo, já que a mulher era e, infelizmente, ainda é vista como objeto sexual ou como um corpo limitado à reprodução humana. Um sinal desse descuido é o tardio desenvolvimento da ginecologia como especialidade médica.

Mesmo após o aparecimento dela, a abordagem médica em relação ao corpo feminino era puramente reprodutiva, ou seja, a própria medicina desconhecia pontos importantes da sexualidade feminina, como orgasmo e libido, por exemplo.

Tal cenário foi propício ao desenvolvimento e consolidação de diversos tabus e mitos sobre a sexualidade das mulheres.

Sexo é essencial para a mulher?

A sexualidade é uma dimensão fundamental da vida das mulheres, e não se restringe ao objetivo de reprodução. Assim, ela é um fator importante na construção de relacionamentos amorosos e laços afetivos de mulheres de todas as idades [1].

Além disso, o sexo contribui para a sensação de felicidade, bem-estar e também para a autoestima delas. Mesmo assim, muitas mulheres têm dificuldades de sentir prazer durante a relação sexual, o que pode ser resultado de tabus, falta de conhecimento do próprio corpo e outros fatores.

Dessa maneira, fatores psíquicos, culturais e sociais estão fortemente ligados à sexualidade feminina. Aqui no blog, temos um conteúdo exclusivo sobre o que é amor-próprio e como construí-lo diariamente. Vale a pena conferir depois para se aprofundar nessa temática tão importante!

Quais os principais tabus em relação à sexualidade feminina?

O primeiro tabu relacionado a sexualidade feminina está diretamente ligado ao conhecimento do próprio corpo, uma vez que muitas delas ainda não se sentem confortáveis de se tocar e se autoconhecer.

Outro tabu que desperta vergonha e constrangimento em várias mulheres é a imagem criada em relação ao cheiro e aparência da região íntima, dando a entender que o cheiro e o aspecto do local é desagradável. Junta-se a isso a injustificável cobrança pelo corpo perfeito, magro e esbelto, sem celulite e sinais de envelhecimento.

As consequências dessa realidade vão para além dos limites da cama, trazendo distúrbios sexuais, como falta de desejo, incapacidade de chegar ao orgasmo e dor durante o ato sexual.

Porém, a preocupação com a imagem e a busca pela perfeição ocasiona também ansiedade e depressão. Além disso, causam a objetificação do corpo feminino[2].

Mitos e verdades sobre a sexualidade feminina

As condições fisiológicas do corpo feminino fazem com que ela seja capaz de experimentar uma relação bastante complexa consigo mesma.

Por outro lado, ainda hoje muitos mitos ainda são vistos como verdades inquestionáveis, causando um enorme ruído na comunicação delas com seu próprio corpo e colocando barreiras para que elas se sintam representadas e agentes de seu próprio destino na família e na sociedade como um todo.

Vamos juntas entender o que é mito e o que é verdade? Acompanhe!

1. Masturbar atrapalhar o sexo a dois

Mito. A masturbação feminina pode melhorar o sexo a dois, já que através dela a mulher tem maior conhecimento das áreas do seu corpo que provocam maior excitação e despertam sua libido.

Com isso, ela aprende sobre si mesma e ensina seu parceiro a achar os melhores caminhos na hora da transa.

2. Mulheres têm menos desejo sexual que os homens

Verdade. Pesquisam mostram que os homens passam muito mais tempo pensando ou fantasiando sobre sexo do que as mulheres.

Nos homens, a área do cérebro correspondente à atividade sexual chega a ser 2,5 vezes maior do que nas mulheres, o que pode explicar o maior apetite sexual.

3. A mulher tem dificuldade para chegar no orgasmo

Mito. Quanto melhor a mulher se conhecer, mais rápido ela poderá chegar no orgasmo. Além disso, o autoconhecimento pode melhorar e despertar sensações muito prazerosas e únicas na relação sexual.

4. Mulheres sentem prazer apenas no clitóris

Mito. O clitóris é uma região da vulva onde a mulher sente muito prazer. Entretanto, existem outros locais que despertam libido nelas, quando sensibilizados. Entre elas estão os lábios, virilha, bumbum, ânus e outros.

5. Somente os homens podem proporcionar prazer sexual as mulheres

Mito. Na verdade, a mulher não necessita de um parceiro para ter prazer sexual. Ou seja, ela pode proporcionar isso a si mesma quando quiser.

6. Mulheres não ejaculam

Existem mulheres que ejaculam. Para isso, a conexão entre o cérebro e o estímulo no ponto G precisa ser intensa na hora do ato. Esse é um fato ainda pouco conhecido, a ejaculação feminina pode ocorrer com a presença ou não de orgasmo, e não está diretamente relacionado ao clímax.

Assim, a ejaculação não é fundamental para a mulher sentir prazer e bem-estar durante o sexo, mais importante é se conhecer, estar bem consigo mesma e manter a saúde em dia.

Aproveite para conhecer o guia da saúde íntima feminina que o Compre Cimed preparou para você cuidar cada vez melhor de si mesma.

Use as informações que você acompanhou por aqui para conscientizar seu grupo de amigos e sua família sobre a importância de uma vida sexual saudável, tanto para o corpo quanto para a mente.

Esperamos que esse conteúdo venha para te ajudar a entender sua relação com seu corpo e combater ideias ruins que ainda impactam nossa saúde, bem-estar e prazer.

Até a próxima!

Referências:

[1] Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica: saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília, 2013. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_sexual_saude_reprodutiva.pdf>. Acesso em: 07/03/2023

[2] LIMA, Aluísio Ferreira de; BATISTA, Karina de Andrade; LARA JUNIOR, Nadir. A ideologia do corpo feminino perfeito: questões com o real. Psicologia em Estudo, v. 18, p. 49-59, 2013. Acesso em: 07/03/2023

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